CBF faz reunião hoje para tratar do retorno do público

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou na noite de terça-feira (22) que se reunirá com os clubes da Série A do Nacional hoje (24) para avaliar o retorno do público aos estádios. Segundo nota emitida pela entidade, o encontro acontece após a CBF receber “parecer favorável do Ministério da Saúde sobre o plano de estudos para o retorno do público aos estádios nas partidas da Série A do Campeonato Brasileiro”. 

“A medida prevê a utilização de até 30% da capacidade dos estádios, a partir do mês de outubro, ainda sem data definida, mas condiciona a permissão à avaliação das autoridades sanitárias dos estados e municípios onde há clubes participantes da referida competição”, diz a Confederação Brasileira de Futebol. O encontro, por videoconferência, da CBF com os clubes da Série A acontece nesta quinta-feira a partir das 15h30 (de MS). Depois serão feitas consultas com “autoridades estaduais e municipais”. 

Falem, especialistas 

Em contato com a reportagem, especialistas não aprovaram a liberação dos estádios para o público em geral. “A abertura de estádios é totalmente imprudente e desnecessária porque tem riscos no local e no transporte. 

Não há nenhum local no mundo que está aceitando a volta de torcidas [na proporção de 30%]. Com certeza, o estádio é um dos locais de maior espalhamento [do vírus], vide o exemplo do Atalanta jogando em Milão, o que motivou a epidemia mais forte na Itália, em Bérgamo”, afirmou o epidemiologista Paulo Lotufo. 

Com o aval do Ministério da Saúde, a CBF irá convocar dirigentes de clubes para uma reunião para definir a partir de quando e em quais condições será possível contar com a presença de público nos estádios de futebol. O estudo da CBF foi encaminhado ao Ministério da Saúde pelo coordenador médico da confederação, Jorge Pagura. Procurado pela “Folha”, na terça-feira, ele confirmou que recebeu o aval para que a CBF execute o plano de volta do torcedor aos estádios, mas não quis conceder entrevista. 

O Ministério da Saúde também não respondeu aos contatos da reportagem até a conclusão desta edição. Desde março, quando os campeonatos estaduais e a Copa Libertadores foram paralisados como forma de mitigar a transmissão do novo coronavírus, os times de futebol amargam perda de receitas sem a arrecadação com ingressos e com o chamado “matchday” – ganhos com camarotes e cadeiras cativas, além da venda de alimentos e bebidas nos dias de jogos.

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(Texto: Agência Brasil)

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