Há 81 anos estreava, nos Estados Unidos, ‘O Mágico de Oz’

Foi no dia 25 de agosto de 1939 que o filme “O Mágico de Oz”, e que se tornaria um dos maiores clássicos da história do cinema, estreou nas telonas dos Estados Unidos. Baseado no livro infantil homônimo de L. Frank Baum, o longa tinha como protagonista Judy Garland, que faz o papel de Dorothy, uma jovem de uma fazenda no Kansas que se vê em uma terra fantástica de bruxas malvadas, leão covarde, espantalho falante e um homem de lata. Isso tudo acontece após um tornado atingir a cidade e durante a busca da garota pelo Mágico de Oz para voltar para casa.

Indicado para o Oscar de Melhor Filme daquele ano, “O Mágico de Oz” perdeu a estatueta para o clássico “E o Vento Levou”, mas levou o prêmio de Melhor Canção por “Over the Rainbow” e de Melhor Atriz Juvenil pela atuação de Garland. Filmado nos estúdios da MGM, na Califórnia, em 1938, foi uma das primeiras sequências a utilizar a técnica de cores nas cenas em Oz, ao passo que Kansas era retratada em preto e branco.

Com pouco sucesso de bilheteria, “O Mágico de Oz” só veio crescer em popularidade depois que foi televisionado pela primeira vez, em 1956. Estima-se que 45 milhões de pessoas assistiram à primeira transmissão televisiva. O filme gerou duas continuações: “Regresso ao Mundo Maravilhoso de Oz” (1974) e “Return to Oz” (1985). Em 1978, também foi feito um remake, “The Wiz”, estrelado por Diana Ross e Michael Jackson e com música de Quincy Jones. 

Para celebrar os 80 anos da obra, fui atrás de curiosidades dos bastidores de “O Mágico de Oz” e o espaço desta coluna ficou pequeno para tantos fatos peculiares. O produtor Mervyn LeRoy queria um leão de verdade no filme, dublado por um ator. Chegou a testar Jackie, o leão dos letreiros da MGM, mas a ideia logo foi descartada. Ainda bem. Vai que o bicho ficasse com vontade de comer o cãozinho Totó da Dorothy.

Margareth Hamilton que interpretou a Bruxa Malvada do Oeste era uma grande fã do livro “O Mágico de Oz”. Mas a maioria das suas cenas foram cortadas na edição final. Ela sofreu queimaduras de terceiro grau quando uma explosão cenográfica atingiu seu rosto, derretendo a maquiagem que continha cobre. Para remover a maquiagem derretida, foi preciso usar um forte solvente, que causou ainda mais dores à atriz. Coitada da Bruxa.

Quem sofreu outro perrengue durante as filmagens foi Jack Haley, o ator que viveu o Homem de Lata. Ele não conseguia sentar com o figurino e, para descansar, tinha que se encostar em uma placa. Anos mais tarde, ele declarou que não sentia orgulho do filme, pois as filmagens, para ele, foram um inferno.

Ray Bolger, que interpretava o Espantalho, também teve problemas com a maquiagem. As próteses que ele usava causaram marcas em seu rosto, que levaram mais de um ano para desaparecer. Isso lhe custou muitos trabalhos e o ator só conseguiu retornar ao cinema no filme “Sunny”, feito em 1941.

(Confira mais na página C2 da versão digital do jornal O Estado)

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