Situação da Capital ‘contamina’ bons índices do Estado contra COVID

Com mais de 16,4 mil casos confirmados do novo coronavírus, Campo Grande representa 42% do total registrado em todo o Estado. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, o aumento contínuo dos últimos dois meses é responsável pela queda no desempenho de Mato Grosso do Sul em relação as outras unidades da federação.

No comparativo da média móvel do vírus, na última semana, foram 833 casos registrados diariamente, ao passo que a média da Capital esteve em 424, que representa 50,9%, dividindo o restante com os outros 79 municípios de MS. “Esses números de casos da Capital contaminou, de certa forma, a boa performance no enfrentamento ao coronavírus em relação as outras unidades da federação”, afirmou ontem (18), durante transmissão ao vivo.

Resende ressalta que alta nos casos registrados em Campo Grande fez com que o Estado, perdesse os bons índices conquistados no início do enfrentamento ao vírus. “Caso não tivéssemos esse crescimento exponencial, que se mantém há quase dois meses na Capital, ainda estaríamos como o Estado na 26º posição, com o menor número de casos; de mortos; a menor taxa de letalidade e menor incidência. Indicadores que transformaram Campo Grande no epicentro da doença em MS”, pontou. Apesar de apresentar redução, a taxa de ocupação nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), passam de 70% em duas regiões de MS, sendo elas a macrorregião de Campo Grande e de Dourados, que apresentam respectivamente 78% e 77% dos leitos ocupados. Enquanto a macrorregião de Corumbá e Três Lagoas, estão com 67% e 42%.

No último levantamento publicado na sexta-feira (14) pelo Programa Prosseguir, Campo Grande saiu da faixa preta (extremo risco) passando para a faixa vermelha (alto risco) e na última segunda-feira (17), a prefeitura derrubou a lei seca e deixou o toque de recolher para às 22h. O secretário de Saúde apontou que flexibilizar após deixar a faixa preta é um risco que pode levar o município a registrar um novo aumento nos casos. “Bandeira vermelha é situação grave, não podemos comemorar o município na bandeira vermelha, como alguns estão fazendo”, frisou. E completou: “Isso é um desserviço, passar da bandeira preta para a vermelha, não significa que liberou geral. Caso haja um agravamento, os próprios dados farão com que o município retorne para a bandeira preta”.

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(Texto: Amanda Amorim)

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