Com recuo, 189 mil famílias começam 2º semestre endividadas

Desordem financeira é a realidade em seis a cada dez residências

Este mês, 189.986 famílias estão endividadas em Campo Grande, de acordo com o resultado apresentado pela Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio e Bens, Serviços e Turismo). O estudo indicou ainda que, na comparação com o total de inadimplentes de junho (61%), o mês de julho foi de recuo discreto (60,7%), contudo, entre aqueles que já estão com contas em atraso, o montante passou de 33,2% no mês anterior para 34,7%, dos quais 34,4% estão há mais de 90 dias inadimplentes.

Segundo a pesquisa, 61,7% dos endividados destacam que as despesas com o cartão de crédito foram o que provocou a inclusão na estatística. Além disso, as dívidas com o carnê de lojas foram apontadas por 23,2% dos entrevistados, acompanhadas pelos financiamentos de carro e casa, que correspondem, respectivamente, a 12,2% e 12,5%.

Tais fatores contribuíram para que o nível de endividamento de 33.227 consumidores fosse tal que, atualmente, estes não possuam condições de quitar seus débitos, ou seja, 10,6% dos inadimplentes em Campo Grande não conseguem quitar suas dívidas.

Ainda de acordo com o levantamento, 31,4% dos entrevistados afirmam que levarão mais de um ano para quitar todas as contas. Para 51,9% dos endividados, o comprometimento dos rendimentos familiares varia entre 11% e 50%, o que segundo Daniela Dias, economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS), precisa ser solucionado por meio da renegociação.

“Para quem já está endividado e com contas em atraso a sugestão é renegociação das dívidas, renegociar prazos de pagamento, valores de parcelas e as taxas de juros. Nos casos de financiamentos de casa e carro, dependendo do cenário, é preferível que optem pela venda e então pela compra de um outro imóvel ou bem material que caiba no bolso, com valores e taxas mais atrativas”, destacou.

(Texto: Michelly Perez/Publicado por João Fernandes)

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