Exportação de arroz cresce mais de 1.000% em junho

As exportações brasileiras de arroz tiveram um crescimento superior a 1.000% em junho deste ano, apesar das dificuldades enfrentadas no comércio internacional por causa da pandemia da covid-19. Os embarques no mês passado totalizaram 316.437,23 toneladas, contra 26.973,62 toneladas do mesmo período de 2019.

Esse foi o maior volume já exportado em um mês pelo país, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e o Sindicato da Indústria do Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS).

“A conjuntura cambial tem forte influência nos resultados, mas o fato é que o bom desempenho das exportações brasileiras de arroz não é efêmero e está alicerçado na capacidade profissional dos nossos operadores e na qualidade do produto”, destaca o diretor-executivo do Sindarroz-Rs, Tiago Sarmento Barata.

Segundo ele, o elevado grau de fidelização dos mercados atendidos e a contínua agregação de novos mercados traçam o perfil das exportações brasileiras de arroz, evidenciando uma condição consolidada da participação do Brasil no mercado mundial.

Nos quatro primeiros meses do ano comercial (março/abril/maio/junho), os embarques totalizam cerca de 800 mil t. “Cerca de 43% do volume exportado nesses quatro meses é de arroz beneficiado, com destaque para a manutenção do Peru, da Venezuela e dos Estados Unidos entre os principais destinos e da inclusão de Cuba, da África do Sul, do Haiti e do México no rol de mercados importantes”, diz o dirigente do Sindarroz-RS.

“A exportação de arroz em casca também tem sido mais intensa nos últimos meses”, acrescenta. “Os números oficiais mostram o escoamento de 240,5 mil toneladas de arroz em casca para o mercado externo nos últimos quatro meses, representando um aumento de 121% em relação ao volume do cereal que deixou de ser beneficiado no Brasil nesse mesmo período de 2019.”

Os números das exportações de arroz do primeiro semestre foram igualmente positivos. Os embarques somaram 952.966,59 t, contra 678.816,84 de igual período de 2019, o que representa um aumento de cerca de 40%.

(Texto: joão Fernandes com Agrolink)

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