Adaptações e ausência de dinamismo marcam ‘lives’ na pandemia

Com ressalvas, profissionais de Educação Física aprovam formato

A fim de evitar aglomerações em período pandêmico, os conteúdos em vídeo se tornaram uma solução para os públicos que buscam exercitar-se durante a pandemia. Profissionais do setor aprovam o formato, entretanto apontam dificuldades durante a condução das atividades.

Karina Pereira Quaini ressaltou que as aulas conduzidas por ela de segunda à sexta às 8h, desde o início da pandemia contam com pontos positivos e negativos. Ao jornal O Estado, na segunda-feira (29), salientou que o equipamento utilizado durante as aulas transmitidas por meio de uma plataforma on-line sofreu adaptações. “Em março, quando iniciamos as atividades, não estávamos preparados. No início o celular ficava em cima de uma cadeira, ou em uma bancada na sala, as vezes durante a aula surgem chamadas que param as transmissões. Mas, temos buscado nos adaptar”, explica.

Karina salientou que dos quase 3 mil alunos diários do início da pandemia, hoje o número gira entre 300 e 400. Como atende o público idoso, reforça a importância do isolamento por parte dos alunos, e busca otimizar a qualidade de suas aulas. “Consegui um tripé para dar suporte ao celular e melhorar as ‘lives’, mesmo por que não sabemos até quando se estenderá a pandemia. É muito importante que o público permaneça em suas casas visto que a programação é voltada para o público de mais idade, que compõe justamente o chamado grupo de risco”, ressalta a educadora ligada ao esporte estadual.

Direitos autorais deixa aulas sem músicas em plataforma

“Utilizo bastante música nas transmissões, entretanto, tenho alguns problemas com a vinculação do produto final. Por motivos de direitos autorais nas músicas, a plataforma retira o som do vídeo, e o público que busca o conteúdo posteriormente, se queixa da ausência das músicas, o que acarreta em perca de dinamismo das aulas”, coloca Karina. “Buscarei resolver esse percalço com a música e manter o formato, muito mais eficiente que os conteúdos gravados. Com isso consigo auxiliar de prontidão aqueles alunos que sentem mais dificuldade na realização das atividades”, acrescentou.

Já Carol Gutierrez admite a inexperiência no começo da pandemia. “É a primeira vez que realizamos algo assim. Anteriormente o máximo que fazíamos eram os vídeos curtos e encaminhávamos aos alunos. Algo mais sistematizado, com programação e planejamento é inédito para mim, assim como deve ser para outros colegas também”, disse à reportagem, na segunda-feira, a professora ligada à rede municipal.

A maior dificuldade desse período tem sido lidar com a falta de dinamismo do conteúdo já finalizado. Assim como Karina, a profissional atende semanalmente o público idoso. “Tenho trabalhado apenas com o equipamento que já tinha, ‘me virado’. Além disso, às vezes a plataforma vincula apenas o vídeo, sem o áudio, e em alguns momentos simplesmente exclui o material em razão de direitos autorais”, ressalta Carol.

(Texto: Alison Silva/Publicado por João Fernandes)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *