Comédia pra quem?

Humorista Luciano Risalde fala sobre suas perspectivas da pandemia e do trabalho neste período

Uma produção artística é todo fruto que sai da cabeça de quem se propõe a fazer pela arte, seja por meio da canção, da atuação, da edição ou da direção, entre tantas outras. Durante a pandemia da COVID-19, enquanto muitos artistas migraram seus trabalhos para o formato de lives, aqueles que necessariamente precisam da resposta do público em tempo real foram diretamente afetados, como é o claro exemplo da comédia de stand-up.

Comprometido em produzir, toda quinta-feira, um vídeo da sua ideia “Poesia à Luz de Velas”, e toda segunda poesia menos de 1 minuto em preto e branco, o ator comediante Luciano Risalde teve de deixar de lado o formato que consagrou na “Noite Texte” da Capital. “Não tem como fazer stand-up igual teve as lives sertanejas, entre outras. Stand-up precisa do público ali vivo. Você precisa sentir. Logo quando contar a piada – automaticamente – precisa vir a risada e não pode ser forçada”, afirma.

“É sempre desafiador e uma surpresa você levar sua piada, porque nunca se sabe se vão rir. Um dia você pode levantar e fazer o público bater palma, no outro dia, se contar a mesma no mesmo tom para uma plateia diferente, eles não darão risada. Sempre há um friozinho na barriga e, se você gravar, contar uma piada e colocar uma voz falsa, esse friozinho some. Aí que tá a graça
do stand-up. Na área da comédia, nunca vai se adaptar”, explica ele.

(Confira mais na página C1 da versão digital do jornal O Estado)

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