Projeto que institui #PraCegoVer nas publicações municipais é aprovado

O Projeto de Lei 9.721/20, que contém a #PraCegoVer nas publicações com imagem nas redes sociais e sites dos órgãos da administração da Prefeitura de Campo Grande, foi aprovado, em regime de urgência, na Câmara Municipal nesta terça-feira (16).

O PL de autoria do vereador Otávio Trad (PSD), visa incluir as pessoas com deficiência visual nas redes sociais, dando possibilidade para que eles consigam interagir com postagens municipais.

“Esse projeto visa dar oportunidade para os cegos também terem acesso as imagens nas publicações dos sites e redes sociais da Prefeitura em Campo Grande e não apenas dos textos. Tenho levado projetos de acessibilidade como primordiais, já apresentamos a criação da Central de Libras, o Selo Municipal de Inclusão das Pessoas com Deficiência e a participação de Pessoas com Deficiência (PcDs) em publicidade elaborada por órgãos da Administração Pública”, disse.

Para isso, serão descritas imagens como fotografias, ilustrações, tirinhas, charges e até memes. A descrição deverá ser feita de acordo com a leitura ocidental, ou seja, da esquerda para a direita, de cima para baixo.

O texto após a hashtag deverá conter os elementos que constam na imagem, como objetos, sequências e cores como a cor de fundo e a cor de roupas. O projeto ainda prevê que o conteúdo deve considerar os princípios da Audiodescrição.

#PraCegoVer

A hashtag surgiu nas redes sociais em 2012, por meio de um projeto da professora especialista em Educação Especial, Patrícia Silva de Jesus, conhecida como Patrícia Braille, que trouxe a descrição de imagens de livros para a internet. O nome escolhido, é um trocadilho, no qual o “ver” significa “ter acesso”.

Segundo a idealizadora, o texto descritivo das imagens também é reconhecido por softwares leitores de tela usados por pessoas cegas ou com baixa visão para ter acesso aos conteúdos em computadores e smartphones.

Estas ferramentas fazem a leitura dos textos que aparecem nas telas navegadas e o transformam em áudios, mas os programas não reconhecem arquivos em formato de imagem, como JPEG e PNG.

Veja também: Live da Câmara fala sobre o funcionamento de bares e restaurantes na pandemia

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da assessoria)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *