EUA podem proibir viajantes do Brasil neste domingo

Os Estados Unidos provavelmente vão impor restrições de viagem ao Brasil neste domingo (24), disse o consultor de segurança nacional da Casa Branca, dois dias após o país sul-americano se tornar o número 2 do mundo em casos de coronavírus.

O conselheiro de segurança nacional, Robert O’Brien, disse ao programa ‘Face the Nation’ da rede CBS acreditar que haverá uma decisão neste domingo sobre suspender a entrada de viajantes que chegam do Brasil.

“Esperamos que seja temporário, mas, devido à situação no Brasil, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger o povo americano”, disse O’Brien.

O Brasil se tornou o número 2 do mundo em casos de coronavírus na sexta-feira, perdendo apenas para os Estados Unidos, e agora tem mais de 347.000 pessoas infectadas pelo vírus, informou o Ministério da Saúde.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que estava considerando impor uma proibição de viagens para passageiros provenientes do Brasil.

“Não quero pessoas vindo para cá e infectando nosso povo. Também não quero que as pessoas fiquem doentes por lá. Estamos ajudando o Brasil com respiradores… O Brasil está tendo problemas, não há dúvida sobre isso”, acrescento Trump a repórteres na Casa Branca.

O’Brien disse que os Estados Unidos analisarão as restrições para outros países do hemisfério sul, país a país.

Trump suspendeu a entrada da maioria dos viajantes da China, onde o surto começou, em janeiro. No início de março, ele impôs restrições de viagem a pessoas vindas da Europa.

Uma autoridade do governo dos EUA disse na sexta-feira que uma proposta para adicionar o Brasil a uma lista de países que enfrentam uma barreira para quase todos os cidadãos não norte-americanos de entrar nos Estados Unidos está sendo revisada e poderão ser sancionada nos próximos dias por Trump.

A medida impediria a maioria dos cidadãos não norte-americanos que visitaram o Brasil nos últimos 14 dias. Serão isentos os portadores de green card, parentes próximos de cidadãos dos EUA e membros da tripulação de voo.

(Texto: Reuters)

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