Brasil melhora em ranking de medidas contra o coronavírus

O Brasil melhorou de posição na última semana em um ranking da Universidade de Oxford que acompanha as medidas de redução de riscos na contenção à pandemia do novo coronavírus. No índice que vai de 0 a 100, o Brasil tem 76 pontos, contra 36 na semana passada.

A universidade atribui pontos a 11 tipos de medidas: 6 de distanciamento social, 2 de alívio a perdas econômicas, 2 de saúde e 1 de comunicação. No Brasil, as medidas têm sido tomadas pelos estados.

Entre países com a mesma faixa de casos confirmados de infecção pelo coronavírus, o Brasil fica em posição intermediária no grau de medidas. Com 5.923 confirmações até as 17h de quarta-feira, ele fica abaixo de Israel, que tem índice 100 (o máximo possível) e 6.092 casos, mas acima de Noruega (4.463 casos, índice 45) e Suécia (4.947, índice 29).

Adotam medidas em grau semelhante ao brasileiro tanto países com mais casos (Coreia do Sul, com 9.887 casos e índice 74) como alguns em estágio anterior, como Equador (2.748 casos) e Iraque (694 casos). Os dois últimos têm índice igual ao do Brasil.
Como a ferramenta permite acompanhar todos os dados desde o começo deste ano, é possível ver a evolução das medidas pelo mundo.

Segundo o coordenador do trabalho, Thomas Hale, o objetivo é comparar o grau de rigor das reações dos países à pandemia, mas sem atribuir valor a cada resultado. Ou seja, o ranking não considera melhores as reações próximas de 100 ou piores as que não saem do 0. Apenas registra que alguns governos tomaram mais medidas que outros.

“O índice não é capaz de contar toda a história, mas pode ajudar na tomada de decisões de política pública ou a analisar que medidas foram tomadas em cada contexto e por quê”, diz Hale, que é professor da Escola de Governo Blavatnik, de Oxford.

Diariamente, a universidade compila iniciativas de suspensão das aulas, fechamento de espaços públicos, cancelamento de eventos, interrupção de transporte público, restrição a movimentação interna e proibição de voos internacionais.

(Texto: João Fernandes com Folhapress)

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