A cura para o novo coronavírus (covid-19)

** Pedro Chaves

Seguindo a orientação das autoridades da saúde estou de quarentena. Aproveito o tempo para ler e refletir sobre o Brasil e o mundo nessa quadra histórica marcada por muitas dificuldades para todas as classes sociais. Sou economista e professor universitário e tive a oportunidade de estudar as grandes crises econômicas que o mundo moderno vivenciou, entretanto, pelo andar da carruagem, essa que estamos atravessando, por conta do coronavírus, tende a ser a mais profunda e devastadora em todos os sentidos.

A economia do planeta está derretendo e vidas estão sendo ceifadas aos montes. Tem poucos dias que o vírus chegou ao Brasil, mas o rastro de sofrimento das pessoas é imenso. As perdas materiais também. Todos os estados da federação foram atingidos. As pessoas estão em suas casas sem saber o que vai acontecer amanhã.

Essa doença tem alto poder destrutivo. Engana-se aqueles que acham que só o público acima de 60 anos pode ser golpeado pelo covid-19. Os jovens estão sofrendo e muitos já perderam a vida.
Em meio as dificuldades, claro, cultivo a esperança de que logo a ciência vai encontrar um remédio que neutralize a força desse vírus. Sei do compromisso dos cientistas com a construção de drogas capazes de retirar a carga de sofrimento de todos e de cada um.

Não estamos longe de conquistar esse feito. Laboratórios e centros de pesquisas estão debruçados sobre esse desafio. A ideia é confeccionar uma vacina ou aproveitar as drogas já existentes que podem, em associação, curar o coronavírus. A China já iniciou os testes em humano de uma vacina que mostra ser alvissareira. A Rússia também já iniciou os testes da sua vacina. Em várias partes do mundo existem estudos avançados na direção de frear o covid-19, inclusive no Brasil.

Importante reportagem publicada pelo Site da BBC NEWS do dia 25 de março de 2020 indica que a Organização Mundial da Saúde lançou uma iniciativa chamada de solidariedade que consiste em um estudo clínico, por meio do qual 10 países estão pesquisando simultaneamente a eficácia de quatro medicamentos para o tratamento de pacientes do covid-19. O objetivo é coletar o máximo de dados no menor tempo possível; portanto, em vez de trabalhar no desenvolvimento de novos medicamentos, um processo que pode levar anos, os envolvidos nesta pesquisa vão verificar se algum usado para combater outras doenças pode ajudar a neutralizar o coronavírus.

Os medicamentos mais promissores no momento, conforme a BBC NEWS, são Remdesivir uma droga concebida para tratar o ebola; Cloroquina com hidroxicloroquina utilizadas por muitos anos no tratamento da malária e Ritonavir e Lopinavir que juntos são ofertados no tratamento do HIV. O quarto tratamento em estudo consiste na junção do Ritonavir e Lopinavir associado ao Interferon-beta.
No caso do Brasil a Anvisa já liberou a indicação da Cloroquina para pacientes em estado grave da rede hospitalar. Temos que esperar os resultados dessas pesquisas e ver quais medicamentos a ciência vai indicar. As autoridades recomendam que nenhum desses remédios sejam usados sem a prescrição de um profissional da saúde. Todo cuidado é pouco!

Meu pai, Pedro Chaves dos Santos, era voluntario em Campo Grande nas Campanhas de Vacinação. Me lembro que ele reunia as crianças do bairro Vila Carvalho e aplicava, feliz da vida, a vacina em todas elas contra as doenças da época. Eu sonho em ver milhares de voluntários, felizes como meu pai, aplicando em todo planeta uma vacina contra o covid-19. Fé em Deus e na vida que vamos vencer essa doença.

** É economista, educador, empresário e Secretário de Estado do Governo de Mato Grosso do Sul.

 

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