‘Cinderela’ em temporada de dois dias na Capital

Para crianças e adultos se divertirem, em seu trigésimo primeiro ano de atuação a Companhia Arte Boa Nova preparou uma temporada de “Cinderela”, que – estreando semana passada – será apresentada no Teatro Mace (na Rua 26 de Agosto), sábado e domingo, com sistema promocional de ingressos para quem adquirir a entrada com antecedência e optar ainda pelo “pacote família”.

“Bacana é que, se a pessoa compra antecipado, ela paga meia (R$ 25). A gente visa ao pacote promocional que chamamos de ‘família’, tem de ser quatro pessoas, que têm de estar juntas na hora, para que saia 15 reais cada ingresso. É uma forma de incentivar os familiares a convidarem uns aos outros”, explica Felipe Trindade, que assina a direção ao lado de Darlan Gracciose.

Com Jéssica Peixoto responsável pela adaptação de texto, o espetáculo conta a conhecida história de Ella, que perde a mãe, o pai e tem de viver com sua madrasta e as duas filhas dela, Anastasia e Drisella. “Tem muito ajuda da Jéssica (Peixoto), que ficou com a parte grossa. Graças ao texto bem-adaptado com a linguagem teatral, quando a gente vai para a direção vemos o que se pode trabalhar ali, ver coisas que se destacam na cena, a gente pode explorar… e pensamos que a pessoa que vai ao teatro conhece a história e não quer ver o mesmo que quer ver no filme. A gente tem esse trabalho de transformar o filme em teatro e trazer coisas novas nessa adaptação”, comenta Felipe.

“Tem muita lição moral voltada para as crianças, muito aprendizado que passa despercebido no filme e damos ênfase no teatro. A gente sempre pensa nisso e pensamos no adulto também. Se o pai não gostar de assistir à peça, dificilmente vai levar o filho novamente, por mais que ele peça”, aponta ainda o diretor.

Sobre a agenda do Arte Boa Nova com “Cinderela”, Felipe Trindade revela que: “Fim de semana passado fizemos a estreia em Dourados. Neste fim de semana nos apresentamos sábado e domingo na Capital; depois vamos para Corumbá; dia 28 vamos para Bonito e encerramos a temporada em 4 de abril, em Aquidauana”.

“Todo ano fazemos peça infantil com uma agenda um pouco menor, mas conseguimos em torno de 12 cidades com a peça adulta. As cidades que querem fazer o evento entram em contato conosco, solicitando uma reserva na agenda. Elas fazem o evento e pagam o que gastam para levar a gente, o transporte de ir; locação de teatro e nossa alimentação. Toda a venda de ingressos fica para as reformas nas instituições deles, porque é uma atividade filantrópica basicamente, com toda renda destinada para quem nos leva. Eles usam esse dinheiro para reverter em obras sociais, construir uma creche, ajudar com doação de cestas básicas, etc.”, conta ainda Felipe.

Com finalidades filantrópicas e assistenciais, a companhia fomenta o desenvolvimento e a prática da arte teatral na Capital e em todo Mato Grosso do Sul, sem verba de governo ou empresas, contando apenas com apoiadores locais, por meio das instituições espíritas. “Na peça infantil reservamos sessões para as crianças irem de forma gratuita, pois muitas não têm condições de assistir e dificilmente teriam acesso a uma peça de teatro”, diz Felipe.

“Como é um grupo voluntário perguntam por que cobramos ingresso; porque tudo o que fazemos é pago e aproveitamos para custear esse tipo de sessão, porque a criança é o futuro e nos preocupamos em levar essa cultura até elas. A maior gratificação é irmos ao teatro e ver aquele monte de crianças, se divertindo, interagindo, querendo entrar no palco e fazendo parte da história. Às vezes é a primeira vez daquela criança ali, então nos preocupamos em transformar em algo único, que ela possa levar para o resto da vida caso não volte a pisar em um teatro”, faz questão de ressaltar o diretor.

Sobre as obras apresentadas, Felipe destaca: “A gente sempre se preocupa, inclusive em levar crianças para fazer testes antes de começar a temporada, para ver como reagem, se ficam interessadas ou não. A criança pensa e vê coisas diferentes do que nossa cabeça de adulto, temos essa preocupação e temos as crianças no grupo para nos ajudar e assistirem, para captarmos as reações delas, temos esse termômetro para saber”.

“A apresentação vai ser no Teatro da Mace, na Rua 26 de Agosto. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site, pelo link de compra. Também pelo Facebook: pesquisar por Arte Boa Nova, e na Arquitécnica, na Rua Dom Aquino próximo da rodoviária, tem ingresso à venda”, finaliza Felipe Trindade.

(Texto: Leo Ribeiro/Publicado por João Fernandes)

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