Na última terça-feira (18), em Três Lagoas, um técnico de enfermagem que trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foi agredido fisicamente por uma paciente no final do expediente. O técnico afirma que em seus 16 anos de profissão, isso nunca havia acontecido.

Segundo ele, a jovem deu entrada na UPA e foi atendida pela médica, que logo após, a encaminhou para a ala feminina. Já o técnico se direcionou para o quarto com o objetivo de fazer a limpeza de um dos leitos, pois uma das pacientes obteve alta.

Enquanto fazia a limpeza, o técnico foi chamado pela paciente da cama ao lado, para que retirasse o suporte de soro. O homem respondeu que não poderia fazer, já que a medicação nem teria ‘corrido’ direito. A paciente então arrancou o suporte e saiu do quarto.

Ao ver a cena, outra enfermeira pediu para a paciente que se acalmasse, mas a jovem em desespero começou a alterar o tom de voz, pedindo que retirassem o soro logo. Ela afirmou que já era 5h40 da manhã e a mãe a esperava em casa.

Orientada pela enfermeira, a jovem voltou para o quarto, onde retirou o acesso sozinha e espalhou sangue por todo o local. Vendo o que aconteceu, o homem pegou um papel, tapou o acesso e saiu. Todos os enfermeiros ficaram surpresos, pois de acordo com a paciente, o motivo da entrada na UPA teria sido por uma queixa de dor.

O técnico ao achar estranhou a atitude, questionou os colegas pelo episódio. Ao ouvir o diálogo, a paciente disparou em direção aos profissionais e desferiu socos, chutes e arranhões no técnico. O homem teve a camiseta rasgada, a corrente arrebentada e o óculos quebrado.

O técnico conseguiu imobilizá-la e disse que só a soltaria quando estivesse mais calma. Em seguida veio e a segurança da unidade e a polícia foi acionada. “A enfermagem é para salvar vidas, não somos sacos de pancada para pacientes descontarem o seu nervoso, pois a culpa não é nossa e sim do Sistema Único de Saúde”, desabafou o técnico.

(Texto: Julisandy Ferreira com informações da Rádio Caçula)