Brasil planeja estímulo ao turismo pelo Corredor Bioceânico

O uso do Corredor Rodoviário Bioceânico, que ligará Campo Grande a portos no Norte do Chile, passando por Paraguai e Argentina, foi assunto de reunião realizada na última semana, em Brasília. Ações para reforçar o fluxo turístico terrestre entre Brasil, Argentina, Paraguai e Chile foram discutidas durante o encontro.

As medidas devem incluir estímulos ao transporte e à circulação de passageiros, além do mapeamento do potencial turístico e de investimentos e a agilização de processos aduaneiros para o ingresso de visitantes. As próximas propostas devem ser apresentadas em reunião do Grupo de Trabalho que coordena a implantação do Corredor, nos dias 26 e 27 de março em Santiago, no Chile.

O projeto completo do percurso inclui ainda um trajeto ao Porto de Santos (SP), permitindo a ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico para o transporte de cargas.  O órgão da MTur também pretende criar linhas de ônibus saindo de aeroportos para essas rotas e também cidades do entorno dos terminais.

No encontro estavam representantes do Ministério do Turismo e o diplomata João Carlos Parkinson, ministro da Secretaria de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas do Ministério das Relações Exteriores.

O secretário nacional de Integração Interinstitucional do MTur, Bob Santos, vislumbrou avanços na oferta turística do roteiro. “Pode-se criar um produto ligando a área mais alagada do planeta, o Pantanal, à área mais árida do planeta, o Deserto de Atacama”, sustentou.

João Carlos Parkinson, por sua vez, previu o aumento na procura de destinos nacionais por sul-americanos. “O turista vai entrar no Brasil pelo Centro-Oeste, podendo chegar ao Pantanal e às praias do Nordeste muito mais rápido”, frisou.

O estímulo à utilização do modal terrestre é uma das metas do MTur para 2020. O trabalho envolve a construção de terminais rodoviários nas 30 rotas prioritárias do Programa Investe Turismo, uma iniciativa conjunta com a Embratur e o Sebrae que promove a estruturação e a divulgação de destinos estratégicos.

(Texto: João Fernandes com assessoria)

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