Indústria frigorífica de MS projeta crescer no mínimo 5%

Impulsionada pelo aumento da produção das principais proteínas de origem animal – bovina, suína, ave e peixes – graças ao aquecimento das exportações para a China, a indústria frigorífica de Mato Grosso do Sul projeta um crescimento de até 5% neste ano no VBP (valor bruto da produção), que no ano passado encerrou em R$ 14,2 bilhões e, com a estimativa, pode chegar a R$ 15 bilhões em 2020.

Segundo o presidente do Sicadems (Sindicato das Indústria de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Sérgio Capucci, em um cenário extremamente positivo em que a epidemia do novo tipo de coronavírus na China esteja controlada e o mercado chinês volte a importar as proteínas animais, o crescimento do segmento pode até alcançar um avanço de 20%.

“Estamos extremamente otimistas caso o mercado chinês volte a importar dos nossos frigoríficos. Para se ter uma ideia, o mercado chinês representa 50% da produção do meu frigorífico, o Naturafrig”, revelou.

Sérgio Capucci completa que, se a China voltar à normalidade de compra, a projeção de crescer até 20% é muito provável, mas, caso isso não ocorra, o aumento será mais tímido, algo em torno de 5%. Atualmente, quatro frigoríficos de Mato Grosso do Sul estão habilitadas para exportar para a China pela Administração-Geral de Aduanas da China: Naturafrig – Rochedo, Frigosul – de Aparecida do Taboado, AgroIndustrial Iguatemi e o Grupo JBS.

Ainda de acordo com o presidente do Sicadems, uma diminuição da demanda do gigante asiático no mercado internacional pode resultar em queda de preços e, caso ocorram outros fatores negativos, o ano de 2020 pode ser tornar mais difícil para quem exporta.

(Texto: João Fernandes com Fiems)

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