PCC: Fuga de 75 presos custou mais de R$ 6 milhões

O custo da fuga dos 75 membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) da prisão de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, está estimado em US$ 1,5 milhão (mais de R$ 6 milhões). A informação foi fornecida por policiais nacionais entrevistados pela UOL.

De acordo com informações da Uol, o valor está subdividido entre a propina que teria sido paga pelo PCC a agentes penitenciários e valores gastos com a logística – escavação do túnel e transporte.

Lei do Silêncio

Oficialmente, a polícia não confirma nem refuta os cálculos. Mas investigadores brasileiros e paraguaios, sob anonimato, os validam. Há, atualmente, uma “lei do silêncio” entre as autoridades envolvidas na apuração.

Um dos principais suspeitos de ter financiado e organizado a fuga é o brasileiro David Timóteo Ferreira, 36, na lista dos fugitivos. Quando estava no Brasil, segundo o MP (Ministério Público), ele financiava, com armas e dinheiro, grandes assaltos a empresas de valores.

Feliciano Martinez, chefe da divisão de investigações da polícia paraguaia em Pedro Juan Caballero, explicou à reportagem que, na madrugada da fuga, recebeu um alerta sobre o assunto e, imediatamente, se iniciaram os trabalhos para tentar resgatar os fugitivos.

“Era um pavilhão de membros do PCC e de paraguaios que haviam sido batizados pelo PCC”, afirmou.

Esforços de recaptura “Estamos tentando controlar as rotas de fuga para as saídas para Ponta Porã ou para Assunção. Tivemos uma resposta, que foi a recuperação de 11 em 10 dias. Agora se inicia a investigação, com as polícias Civil, Militar e Federal brasileiras, com quem já tivemos muitas reuniões. Estamos compartilhando informações e acredito que vamos ter uma resposta positiva em breve”, complementou Martinez.

Roberto Alfonso, chefe da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, disse à reportagem que tudo o que é possível está sendo feito para recuperar os fugitivos. “Podíamos ter mais policiais na fronteira. Por isso, estamos recebendo reforço de Assunção, com pessoal tático e técnico. Trata-se de uma operação grande. Nosso trabalho é recuperar essa gente e colocá-la à disposição da Justiça. Com o correr do tempo, creio que vamos conseguir recapturá-los. Não digo 100%, mas o máximo possível”, afirmou.

(Texto: Jéssica Vitória com informações da Uol)

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