Estado Palestino de capital em Jerusalém é ideia de Trump

O fim de tensões armamentistas na Faixa de Gaza, no Oriente Médio, pode ter ganhado um capítulo possível nesta terça-feira (28), se uma ideia proposta por Donald Trump for levada a sério. O presidente norte-americano sugere oficialmente que se crie um Estado Palestino, e que tenha a sua Capital em Jerusalém Oriental. A condição para o reconhecimento do território novo seria que um acordo de paz fosse selado.

Autoridades do governo norte-americano, dando à Reuters detalhes do plano que Trump anunciou na Casa Branca nesta terça-feira, disseram que, segundo o plano de paz proposto para o Oriente Médio, os EUA reconhecerão os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada.

Em troca, Israel concordaria em aceitar um congelamento de quatro anos em novas atividades de assentamentos enquanto o Estado palestino for negociado.

“Hoje Israel deu um passo gigante na direção da paz”, disse Trump em evento na Casa Branca com Netanyahu, acrescentando que enviou uma carta sobre o plano para o presidente palestino Mahmoud Abbas.

“Este é um dia histórico”, disse Netanyahu, comparando o plano de paz de Trump ao reconhecimento do Estado de Israel pelo presidente norte-americano Harry Truman em 1948.

“Neste dia, você se tornou o primeiro líder mundial a reconhecer a soberania de Israel sobre áreas na Judeia e Samaria que são vitais para nossa segurança e centrais para nossa herança”, acrescentou o premiê israelense, usando os nomes bíblicos da Cisjordânia.

Embora líderes israelenses tenham acolhido o plano de Trump, os líderes palestinos o rejeitaram antes mesmo de seu lançamento oficial, dizendo que seu governo era tendencioso em relação a Israel.

A ausência dos palestinos do anúncio de Trump provavelmente alimentará críticas de que o plano se inclina para as necessidades de Israel e não para as dos palestinos.

As negociações entre israelenses e palestinos fracassaram em 2014, e não está claro se o plano de Trump pode ressuscitá-las.

Autoridades norte-americanas disseram que estão preparadas para um ceticismo palestino inicialmente, mas que esperam que com o tempo concordassem em negociar. O plano coloca grandes obstáculos para os palestinos superarem de forma a alcançar o objetivo do Estado há muito procurado.

(Texto: Danilo Galvão com notícia da Reuters)

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