Índice de investimento tem o quarto aumento seguido

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgou nesta segunda-feira (27), a Sondagem Industrial, uma pesquisa que mostra a disposição da indústria em investir. O estudo revela que o índice de investimento teve o quarto aumento seguido, alcançando o maior nível desde fevereiro de 2014. Em janeiro, a intenção subiu 1,1 ponto, atingindo 59,2 na pontuação.

“O aumento dos investimentos é importante para a criação de mais empregos e para acelerar o ritmo de crescimento da produção e da economia”, disse o economista da CNI Marcelo Azevedo.

De acordo com a pesquisa, todos os indicadores de expectativas estão acima dos 50 pontos. Isso mostra que os empresários esperam o crescimento da demanda, das exportações, das compras de matérias-primas e do número de empregado nos próximos seis meses.

A Sondagem Industrial mostra ainda que o índice de evolução da produção caiu 7,1 pontos frente a novembro e ficou em 43,8 pontos no mês passado. O indicador de evolução do número de empregados recuou 1,3 ponto em relação ao mês anterior e alcançou 48,7 pontos em dezembro.

Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 pontos, mostram queda na produção e no emprego. Entretanto, as quedas registradas em dezembro frente a novembro foram inferiores as de anos anteriores.

Os empresários também percebem a melhora das condições financeiras no quarto trimestre do ano. Pelo segundo trimestre consecutivo, os indicadores de satisfação com os lucros e com a situação financeira das empresas aumentaram. O índice de satisfação com a margem de lucro subiu para 45,8 pontos. Está 4,1 pontos acima da média e é o maior desde o primeiro trimestre de 2011.

Obstáculos ao crescimento

Além da melhora nas condições, de acordo com a pesquisa, os empresários também percebem a melhora da demanda. Embora se mantenha em segundo lugar no ranking de principais problemas enfrentados pela indústria no quarto trimestre de 2019, o número de menções à demanda interna insuficiente caiu 34,6% para 29,6%.

O primeiro lugar da lista continua sendo a elevada carga tributária, com 43,6% das menções. Empatados em terceiro lugar, ambas com 18,7% das respostas, aparecem a competição desleal e a falta ou o alto custo da matéria-prima. No quinto lugar, com 17,3% das respostas, ficou a falta de capital de giro. Esta edição da Sondagem Industrial foi feita de 6 a 17 de janeiro com 1.965 indústrias de todo o país. Dessa, 744 são pequenas, 711 são médias e 510 são de grande porte.

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da FIEMS)

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