Pesquisadores criticam Brasil sobre resposta aos vazamentos de óleo

Três cartas assinadas por 35 pesquisadores brasileiros e estrangeiros criticam a demora e a forma de atuação do Brasil diante do caso envolvendo o derramamento de óleo nas praias do país.

De acordo com informações da Uol, as manifestações foram publicadas na edição desta semana da revista Science, uma das mais conceituadas do mundo em divulgação científica. Além disso, o grupo também cobra ações para minimizar os danos ambientais.

Entre as críticas, o primeiro dos artigos aponta a falta de coordenação e diretrizes transparentes para uma resposta rápida e federal. A carta foi Assinada por seis pesquisadores, dentre eles Marcelo Soares, do Instituto de Ciência do Mar da Universidade Federal do Ceará (UFC).

“Campanha de Desinformação”

A segunda carta é de três cientistas e foi liderada pela doutora em Ecologia Heloisa Brum, do Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte). Eles citam que houve uma “campanha de desinformação” do governo durante a fase de ação, mas diz que que ele por si só “não descreve suficientemente a improbidade do governo”.

“Imitar Europa e Austrália”

Já o terceiro artigo, assinado por 26 pesquisadores do Brasil e o mundo, e liderado por Paulo Horta, do Departamento de Botânica da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), cobra uma ação eficiente para avaliar, minimizar os impactos do óleo e proteger ambientes marítimos. “Este evento não deve ser subestimado ou oculto”, traz o texto. “Defendemos ações urgentes para avaliar e mitigar o derramamento de óleo e para remediar e restaurar áreas na rota da mancha de óleo. O Brasil deve seguir os passos da Austrália e da Europa e priorizar a conservação do leito de rodolitos [tipo de recifes de corais]”, afirma.

(Texto: Jéssica Vitória com informações da Uol)

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