Bolívia investiga quase 600 ex-funcionários de Evo Morales

O governo está investigando cerca de 592 pessoas ligadas à gestão do ex-presidente Evo Morales, por corrupção e desvio de dinheiro. As informações foram repassadas nesta quarta-feira (08) pelo diretor-geral de Luta Contra a Corrupção na Bolívia, Mathías Kutschel. Evo Morales está asilado na Argentina desde 12 de dezembro do ano passado.

Entre os investigados estão o próprio Morales, o ex-vice-presidente Álvaro García Linera, além de ex-ministros, ex-vice-ministros e ex-chefes de gabinete, que exerceram poder nos últimos 14 anos, assim como alguns parentes do ex-chefe do governo boliviano.

De acordo com Kutschel, as investigações ocorrem dentro da nova política de Estado, que busca recuperar fundos desviados dos cofres públicos.

A iniciativa é do Grupo Interinstitucional para a Recuperação de Ativos (Gira), que tem como objetivo a capacitação em cooperação internacional e a recuperação de ativos enviados ao estrangeiro, roubados do Estado.

O Gira é composto por representantes do Ministério de Relações Exteriores, do Ministério Público, da Unidade de Investigações Financeiras, do Ministério de Transparência Institucional e Combate à Corrupção e da Procuradoria-Geral do Estado.

Segundo Kutschel, os acusados desviaram mais de 2 bilhões de bolivianos (o equivalente a cerca de R$ 1,2 bilhões) e cometeram delitos de corrupção e desvio de recursos públicos para outros países, onde, supostamente, estão refugiados.

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *