Em 2019, MS registra aumento de mortes por leishmaniose

Somente na Capital, neste ano, foram 5 mortes em função da doença

Mato Grosso do Sul teve um aumento  no número de casos de leishmaniose  visceral neste ano. Segundo dados da SES (Secretaria  de Estado de Saúde), houve maior incidência de casos na Capital, que tem cerca de 52 registrados,  seguida por Corumbá com 11, Três Lagoas com 10, Coxim com 6 e Aparecida do Taboado com 5. Até o começo  desta semana, a soma chega a 103, contando outras 12 cidades do interior.

O  Estado  registra  ainda 13 mortes,  cinco a mais que no ano de 2018. O caso mais recente foi em Corumbá, cidade a  425 km da Capital, onde um bebê de 7 meses morreu nesta semana. Apesar do aumento, o titular  da secretaria estadual, Geraldo Resende, aponta que há uma queda no número de registros nos últimos anos.  Conforme o Resende, os números de 2019 revelam uma redução de 70% nos casos confirmados se comparados aos últimos  cinco anos.

“Se  pegarmos  os dados de 2012, podemos ver que o MS registrava  cerca de 390 a 400 casos confirmados de leishmaniose, mas,  em 2019, fechamos com os dados bem baixos e isso mostra como  nossas campanhas estão fazendo efeito. Temos liberados recursos para que o tratamento seja feito no  principal hospedeiro, que são os cães, até mesmo aplicando certa parte no ‘castramóvel’, mas ainda precisamos da ajuda da população para que esses números  continuem baixando”, fala o Geraldo.

O secretário falou ainda sobre as circunstâncias das mortes.  Segundo Resende, alguns pacientes tiveram diagnóstico tardio  e falha de encaminhamento, sendo três adultos e duas crianças. Já quatro deles tinham  doenças preexistentes, o que já intensifica os danos da leishmaniose. Uma dessas  vítimas era portadora de HIV e os demais eram idosos que, normalmente, apresentam dificuldade na melhora.

Na Capital, a Sesau (Secretaria  Municipal de Saúde Pública) informou  que os casos tiveram um aumento em maio deste ano,  que, comparados aos do ano passado, registraram sete casos a mais. Em 2018, a soma anual teve o registro de 45 casos e 4 mortes. Como  os dados mostram um leve crescimento, foram questionados para a secretaria municipal os possíveis motivos desse resultado, mas a reportagem não obteve retorno.

(Texto: Graziella Almeida)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *