Saldo da balança comercial é R$ 100 mi menor que em 2018

Mesmo com alta na exportação do milho, queda na venda de açúcar, minerais não-ferrosos, soja entre outros segurou crescimento

De janeiro a novembro deste ano, o Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 401% nas exportações de milho, o que representa US$ 405.827, valor superior ao do ano passado (US$ 80.963). Os dados são da balança comercial, apresentada na Carta de Conjuntura do Setor Externo de dezembro, publicada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), que indicou ainda que, neste ano, o valor geral das exportações chegou a US$ 2.701 milhões, 3,87% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 2.810 milhões).

Com relação aos principais produtos exportados, o milho em grão ocupa uma posição privilegiada, com 2.394.054 toneladas, aumento de 401,25%. A carne bovina atingiu uma variação de 24,39% na comparação com 2018, totalizando 210.939 toneladas (US$ 713.137). Por sua vez, a celulose, que sempre ocupa lugar de destaque, obteve uma variação de 5,08%, com 3.860.880 de toneladas (US$ 1.833.978). Já em termos de valor, a oleaginosa conquistou 37,83% do total exportado. Por último, o algodão herbáceo e outras fibras da lavoura temporária obtiveram variação de 4,79%, com 21.180 toneladas (US$ 35.285).

Em contrapartida, dentre os produtos com as maiores taxas de redução nas exportações estão: açúcar (-68,78%), que passou de 591.731 toneladas em 2018, para 196.228 neste ano (US$ 53.771); minerais metálicos não-ferrosos (-55,49%), que saiu de 504.410 toneladas para 264.853 toneladas (US$ 37.420); soja (-42,57%) saindo de 4.760.230 toneladas para 3.084.224 toneladas (US$ 1.082.472).

Mesmo com um índice um pouco menor (-20,93%), as exportações de óleos e gorduras vegetais e animais passaram de 467.870 toneladas para 409.430 (US$ 151.247). O principal destino destes e de outros produtos continua sendo a China, 41,84% do total da pauta. O gigante asiático e os Estados Unidos aumentaram a pauta de importações, 270,84% e 68,13% respectivamente. Já a maior queda foi registrada pela Argentina, com -43,27%. Os dez principais municípios exportadores responderam por 87,42% das exportações. O destaque fica por conta de Três Lagoas, (50,56%) com composição baseada sobretudo nas exportações indústrias de papel e celulose. Campo Grande obteve uma participação de 9,31%, seguida por Dourados com 6,68%.

No cenário de importações, o MS continua adquirindo o gás boliviano, que representa 50,24% do total de importações. Entretanto, houve redução do percentual comprado, saindo de 5.898.766 toneladas para 4.102.820 (-23,96%). Já com variação positiva (18,85%), a importação de produtos químicos inorgânicos aumentou de 631.665 toneladas para 771.642 e representou 10,19% do total de produtos.
Exportação de carne bovina representa terceira maior receita de MS

Com um aumento de 24,39% na comparação com o montante exportado no ano passado. Em 2019, o MS viu presenciou a venda de 210.939 toneladas o que representou um saldo de US$ 713.137. Tudo isso, impulsionado pelas compras realizadas pela China, a fim de abastecer o país que sofre as consequências do episódio de peste suína africana que provocou um dos maiores desabastecimentos da proteína no país.

(Texto: Michelly Perez )

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