Tiririca confessa uso de dinheiro público em viagens

O deputado Tiririca (PL-SP), investigado pelo Ministério Público Federal em Brasília, confessou que fez viagens para visitar familiares com dinheiro público. O parlamentar foi investigado por ter feito 35 viagens para Fortaleza, que soma 70 trechos de ida e volta, onde mora sua família.

Os gastos de Tiririca somaram R$ 70 mil. Em resposta à Câmara, o deputado confessou que a compra das passagens para Fortaleza foi por conta do local ser onde moram seus familiares.  “Justamente em razão da atual residência de minha família em Fortaleza/CE, que acredito ser transitória, as passagens aéreas emitidas neste ano referem-se ao trecho Brasília/Fortaleza”. No entanto, o uso da cota para fins particulares é proibido pelo regimento interno da Câmara.

O deputado se defendeu alegando que o deslocamento para a cidade de domicílio de sua família, sempre foi para tratar exclusivamente de assuntos do mandato. “Permitir meu deslocamento entre o Parlamento e o local aonde hoje estão temporariamente residindo meus familiares, ou seja, no interesse exclusivo da função que honrosamente exerço”, argumentou Tiririca.

Ele também já comprou passagens com a cota parlamentar para seus assessores irem ao Ceará. “Por vezes, e também no interesse do múnus que me foi conferido pelas urnas, alguns assessores precisaram se deslocar de Brasília a Fortaleza para resolver pendências e assuntos parlamentares urgentes” contou o deputado. Pela lei, funcionários podem voar com a cota, desde que a trabalho, deixando claro que nesse caso o parlamentar não infringiu nenhuma regra.

Em valores, as passagens de uma assessora custaram R$ 40,2 mil, dos quais R$ 24,9 mil em viagens entre Brasília e Fortaleza, capital distante 2,3 mil km (em trajeto aéreo) da paulista, principal base eleitoral de Tiririca.

Com o outro assessor, os gastos chegaram a R$ 20,7 mil. Já o terceiro somou R$ 5,6 mil. Com exceção de um trecho, os demais voos desses dois foram entre Brasília e cidades paulistas, como São Paulo, São José do Rio Preto, Campinas e Ribeirão Preto.

(Texto: Julisandy Ferreira com informações do Congresso em Foco)

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