PM faz ação na antiga rodoviária que espera pelo ‘Reviva’

Mais uma vez a Polícia Militar abordou moradores de rua e dependentes químicos na Rodoviária antiga e região central da Capital, na Operação Laburu. A 9ª abordagem, realizada ontem (28), é continuidade de uma ação realizada na semana passada, nos quais suspeitos foram detidos e encaminhadas à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. O tráfico da região gera R$ 1,5 milhões por ano. A presença massiva dos policiais intimida os usuários de drogas, mas também dispersa os clientes em plena época natalina.

Dono de uma agência de viagens em frente a rodoviária antiga, Atanaíde Tanaka diz que é importante ter a ação da polícia, mas que se o poder público não fizer uma transformação no prédio logo, a “cracolândia” não vai acabar. “Antigamente, a visão era outra e as pessoas não tinham medo de passear pela rodoviária, traziam a família para conhecer o ponto turístico e se divertiam. Tinha até fila de espera para comprar a passagem. Hoje, o movimento caiu e estamos na esperança pela reforma”, explica o empresário.

Outros empresários que não quiseram se identificar disseram que a polícia faz o trabalho dela, mas que os maginais voltam a atuar após cada ação. Um dos lojistas é dono de um bar e informou que há sete anos vive na luta para não perder a clientela e que se continuar dessa maneira, vai ter que fechar as portas de seu estabelecimento comercial.

Na ação de ontem, 18 prédios na área central foram vistoriados pela polícia militar. Apesar de a operação não extinguir de vez o cenário de abandono e violência, a PM vem fazendo o patrulhamento semanalmente, segundo o Coronel do 1º Batalhão da Polícia Militar da Capital, Claudemir Braz. “Existe a resistência desses moradores de rua que saíram da região do Mercadão Municipal e, agora, vivem aqui. O objetivo é prender suspeitos que praticam o tráfico de drogas e que causam transtornos à população”, esclarece o coronel.

(Texto: Thais Cintra)

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