Concurso de saltos fecha calendário do hipismo em MS

A 8ª etapa do Concurso de Salto Estadual, promovido pela FSMH (Federação Sul-mato-Grossense de Hipismo), começa nesta sexta-feira (29), a partir das 8h, no Haras Manege da Figueira, localizado na saída para São Paulo, próximo a BR-262. São esperados, pelo menos, 141 conjuntos, entre cavaleiros e amazonas.

Esta é a última chance para os praticantes da modalidade darem um salto mais alto no ranking estadual, já que será a última competição do ano. As provas possuem subcategorias que variam de acordo com a altura do obstáculo, a idade e o nível técnico de cada atleta/cavalo. Os saltos variam de 0,40 cm a 1,4 m. No alto rendimento, as categorias vão do mini-mirim ao máster.

Além de fechar o calendário sul-mato-grossense, os montadores terão a oportunidade de traçar um percurso diferente, mais próximo aos usados nas competições nacionais e até internacionais. Isso porque o paranaense Vailton Cordeiro foi convidado para desenhar o trajeto da prova. “É um dos melhores desenhadores de percurso do Brasil”, comenta Saloir Filho, secretário da FSMH.

Ele costuma vir ao Estado para planejar o caminho de provas mais importantes, como o Campeonato Sul-Mato-Grossense, que também foi realizado no Manege da Figueira. “Em ocasiões especiais trazemos pessoas do nível dele para os atletas conhecerem outro tipo de armação. Mas isso tem um custo caro, então tentamos cobrir com as inscrições”, que segundo ele, fica entre R$180 e R$300 reais.

O evento terá a duração de três dias e será aberto ao público. De acordo com Saloir, a estrutura já está pronta para receber os competidores e amantes da modalidade.

Modalidade cresce, mas esbarra na falta de popularização 

Apesar de ser uma modalidade que chama a atenção, o hipismo ainda não desperta grande interesse. O secretário acredita que as regras específicas e o tempo longo de duração dos concursos são fatores que contribuem para isso. “Para uma pessoa que não é do meio, é difícil parar e ir lá. Porque você chega lá, fica o dia todo, as vezes não sabe como funciona, fica perdido”, diz.

Muitos têm a vontade de desenvolver essa habilidade, mas esbarram nas mensalidades, que chegam a R$180, conforme apurado pela reportagem em abril deste ano, com base nos valores da MA Riding Team. O valor não fica muito longe de outras modalidades, mas o que pesa no bolso de quem pratica é a aquisição, tratamento e acompanhamento do equino próprio.

Para Saloir, é possível que o esporte se popularize, já que as escolas possuem uma frota de cavalos a disposição dos alunos iniciantes. “Apesar de ter um custo de manutenção alto, a pessoa que não tem condições de ter um animal pode começar praticando em uma escola de equitação. Temos em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Bela Vista, Amambaí”, fala.

Neste ano, os praticantes sul-mato-grossenses não atravessaram a fronteira do país para competir. Participaram de algumas competições nacionais, entre elas o Campeonato Brasileiro de Amazonas, realizado no Paraná, em Setembro. A amazona Giovanna Hidalgo e seu cavalo Quick Chantebled se consagraram campeões da série 1m após cinco percursos zerados.

Serviço: O local pode ser encontrado pelo endereço Sítio Invernada de Deus, número 117.

(Texto: Danielle Mugarte)

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