Após casos de raiva em MS, Iagro alerta produtores

Foi confirmado recentemente quatro casos de raiva na região da divisa de Costa Rica com Chapadão do Sul, nas furnas onde nascem os rios Paraíso e São Luís, além da morte de 45 animais no entorno. Diante disso, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) faz um importante alerta aos produtores de Mato Grosso do Sul sobre os cuidados, que devem ser redobrados neste período.

Seguindo o protocolo, a equipe da Iagro trabalha 12 quilômetros em torno do local onde houve o foco, orientando com relação aos cuidados que o produtor deve ter e procurando possíveis abrigos do morcego transmissor, popularmente conhecido como morcego vampiro, orientando também sobre a atualização da vacinação e a não manipulação de animais com sintomas da raiva.

Segundo o Fiscal Estadual Agropecuário, Fábio Shiroma, a vacinação é um ponto fundamental. Ele explica que animais com andar cambaleante, ou que se deitam e vem a óbito de 3 a 7 dias, são suspeitos e não podem ser tocados.

“Em hipótese alguma as pessoas devem manipular os animais com sintomatologia nervosa”, esclarece, lembrando que a raiva é uma zoonose que pode ser transmitida para o homem e não tem cura.

Caso uma pessoa entre em contato com animal com suspeita de raiva ou seja agredido por cães, gatos ou morcegos, deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para receber o atendimento necessário.

A Iagro trabalha intensivamente nas ações de controle da raiva animal, tanto na contenção de focos, quanto nas medidas preventivas nas regiões de risco para a doença. No primeiro semestre de 2019, esse esforço possibilitou atender 66% dos municípios do Estado, índice superior ao alcançado nos últimos anos, conforme informado pelo Diretor Presidente da Agência, Daniel Ingold.

A DOENÇA

A raiva é uma enfermidade que acomete o Sistema Nervoso Central (SNC) dos mamíferos, inclusive do homem, e que a letalidade é próxima a 100%. O período de incubação é relativamente longo (tempo que o animal foi exposto ao vírus até o aparecimento dos sinais clínicos), varia em média de 45 a 60 dias. A resposta imunológica à vacinação se inicia em média com 7 a 10 dias.

Por isso, é comum o aparecimento de animais que receberam a vacinação e vieram a óbito com a Raiva até que todos os animais estejam protegidos pela vacina.

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da assessoria)

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