Festival deixa marcas na cultura e moradores do Estado

Afirmando mais uma vez a cultura de Mato Grosso do Sul e de todas as manifestações que fazem parte do Pantanal, encerrou no domingo (17) a 15° edição do Festival América do Sul Pantanal, que trouxe ao palco principal shows de Zezé di Camargo e Luciano; Diogo Nogueira; Paralamas do Sucesso e ainda, Lucy Alves encerrando o Palco Integração.

“Me sinto realmente em casa. E aqui é um lugar especial, pela fauna e flora é toda uma energia muito diferente. É a comunhão de culturas, da música, da arte e eu estou muito feliz de estar aqui”, comentou a cantora que encerrou o Festival, durante entrevista coletiva.

Tendo Lucy chego um dia antes, pôde aproveitar ainda o show do Paralamas, que acontece ao sábado e, no domingo, brincar com as crianças na Praça do Porto Geral com as águas do Rio Paraguais, tentando de alguma forma aliviar o calor. “Não aguentei, o calor é forte. Eu sou da Paraíba, de calor forte, mas aqui é outro nível. Aí passei na rua, quando eu vi aquela água não aguentei”, contou ainda.

Do que recebeu e pôde levar consigo, Lucy destaca principalmente: “o amor e essa comunhão de sentimentos bons. Fui muito bem recebida (apontando para os presentes ganhos da população) por pessoas de histórias especiais. Acho que toda vez que a gente viaja aprende e carrega um pouco”, finaliza.

Tendo aproveitado também sua segunda passagem por Corumbá, do show e também sobre o Festival América do Sul Panatanal 2019, o sambista chamou a atenção dizendo que o poder de tudo: “é o povo, o calor humano. O samba é isso, é a festa, alegria, o calor humano e pessoas de verdade. Foi incrível, me diverti abeça. Me diverti com o público, é um público caloroso e sempre procuramos retribuir de alguma forma”.

Ainda no Palco Integração houve Tango Sin Fronteras, da companhia de dança argentina de mesmo nome e na tenda do Rio Paraguai, dança e ainda batalha de rap e hip-hop que encerrou no domingo com o show da banda Videosonic.

O Fasp movimentou milhares de pessoas durante os quatro dias de Festival, pelo Pavilhão dos Países (que uniu seis países sul-americanos e mais as belezas da nossa região, por meio do artesanato), Tenda dos Saberes e ainda, de Literatura e Galerias de Arte Visual, expondo o que é produzido artisticamente em toda a região dos países da América do Sul. Também 22 artesãos do Estado foram levados à Corumbá pela Associação de Artesanato de Mato Grosso do Sul (Artems). “Há 12 anos participamos do Festival. Nossos artesãos precisam se tornar conhecidos, aqui tem bastante público, traz um bom retorno. Além de produzir, também é importante comercializar as peças, porque muitos vivem apenas do artesanato”, diz a artesã  Lourdes Pedrão Nascimento,

Nascida na Ilha Ínsua, a indígena da etnia Guató, Catarina, comentou a satisfação de se fazer presente. “Esse artesanato é algo que aprendi com minha sogra, e foram os primeiros trabalhos que eu me encantei. Hoje no festival eu já trago produtos que são dos alunos que eu ministro cursos, então ver esse crescimento e disseminação – que as vezes eu ficava brava de não ser seguido por nosso própria família -, hoje posso expôr e vender materiais da minha sobrinha e tantos outros que eu gosto de ver trabalhando”, finaliza.

(Texto: Léo Ribeiro)

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