Sequência de O Iluminado revive horror em estreia da semana

Revivendo a história de um clássico do terror que tornou-se referência do gênero, “Doutor Sono” chega às telonas como a conexão direta e continuação do filme “O Iluminado” – baseado na obra do perito em horror Stephen King e dirigido por Stanley Kubrick – como a estreia da semana. O título que apresenta ao público a obra homônima de King lançada no Brasil somente em 2014, traz no elenco Ewan McGregor (conhecido pelo personagem Obi-Wan), dando vida ao papel do pequeno Dan Torrence 40 anos após a estadia no Hotel Overlook, nitidamente traumatizado após ter sobrevivido a tentativa de homicídio por parte de seu pai Jack Torrance (interpretado por Jack Nicholson no longa de Kubrick).

Tendo no elenco Rebecca Ferguson (Rose), a Cartola; Carl Lumbly, como Dick Halloran e Alex Essoe vivendo Wendy Torrance, “Doutor Sono” é dirigido por Mike Flanagan e, no enredo, apresenta o protagonista perdendo novamente sua paz após, sem residência fixa, ir parar como empregado de um hospital em uma cidade pequena. A trama quando Danny cria um vínculo telepático com Abra (Kyliegh Curran), uma menina com poderes tão fortes quanto aqueles que bloqueia dentro de si. Juntos, ambos vão à assombrada construção para encontrar segredos e fugir do grupo Verdadeiro Nó, liderado por Rose Cartola, que alimentam-se de indivíduos com Brilho para tornarem-se imortais.

Buscando agradar a “gregos e troianos” Flanagan abraçou tanto Kubrick quanto King, afirmando inclusive em entrevista que a equipe estava “apoiando nos ombros de gigantes do cinema e da literatura”, como tentativa de evitar a “falha” cometida pelo diretor de “O Iluminado” que, apesar de ser diferente do livro e receber repetidas críticas de Stephen King em relação ao filme de 80, segue ainda a mesma premissa.

A produção agradou boa parte da crítica especializada até o momento. Renato Marafon, do site Cinepop avaliou a obra com quatro estrelas. “Unindo os elementos do livro ‘O Iluminado‘ e do filme de Kubrick, o terceiro ato da produção é um gigante fan-service para os adoradores da franquia, com direito a inúmeros easter eggs, referências, aparições surpresas e cenas que te deixarão tenso”. Tim Grierson, da revista cinematográfica Screen International considerou o filme bom. “O filme não tenta imitar o clássico de Stanley Kubrick de 1980, concentrando-se nas consequências emocionais de Danny e explorando as implicações daquilo que outros como ele deve enfrentar no mundo. […] É uma sequência suficientemente boa que não cumpre inteiramente seu potencial”.

Já Todd McCarthy, crítico da revista norte-americana The Hollywood Reporter, apenas elogiou a atuação de alguns atores. “Não tem Jack Nicholson, Stanley Kubrick ou mesmo muito do Overlook Hotel, mas Rebecca Ferguson e outros bons atores dão um brilho especial a ‘Doutor Sono’, um acompanhamento prolongado e raramente acelerador de ‘O Iluminado’.”

Owen Gleiberman, da revista Variety deu três estrelas para a produção. “Doutor Sono , é ao mesmo tempo uma adaptação da sequela de King e uma brincadeira de terror de parque temático que trata o Overlook como um playground de pesadelos que agora revisitamos. […] é um filme prosaico, mas que ganha ondas de choque de emoção’. Bruno Carmelo, do site brasileiro Papo de Cinema comentou sobre a mudança de foco em relação a ‘O Iluminado’. “O resultado é uma produção competente, muito cuidadosa ao lidar com um filme querido, e comandada por bons atores – Ewan McGregor sempre encarna com destreza os homens traumatizados. Entretanto, Doutor Sono modifica substancialmente a essência do clássico”.

Peter Bradshaw, do jornal britânico The Guardian. Não gostou nada do que viu. “É mais de meia hora a mais que o filme de Stanley Kubrick, embora pareça mais do que isso – trabalhoso, sem direção e densamente povoado com novos personagens chatos entre os quais o foco narrativo é confuso e dividido”. Lembrando que cabe ao leitor assistir aos filmes e tirar suas próprias conclusões. “Doutor sono estreia hoje nos cinemas do país e a classificação é 16 anos.

(Texto: Marcelo Rezende e Leo Ribeiro)

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