Obras do Corredor Bioceânico seguem com ritmo acelerado

As obras do Corredor Bioceânico, ligação rodoviária entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, desde a costa do Oceano Atlântico até a costa do Oceano Pacífico, seguem em ritmo acelerado no país vizinho, na região do município de Carmelo Peralta, ao lado da cidade de Porto Murtinho.

De acordo com informações do MOPC (Ministério de Obras Públicas y Comunicaciones), o trabalho na chamada seção 1, que liga Carmelo Peralta a Loma Plata, avança em sete frentes de obras, incluindo o trabalho a noite e aos domingos.

No último fim de semana foi iniciada a colocação de vigas de concreto para a ponte sobre um riacho a 25 quilômetros de Carmelo Peralta. As bases de preparação do terreno para que seja feita a pavimentação já foram concluídas. Esse mesmo procedimento segue em ritmo acelerado nas frentes de trabalho em Loma Plata, de segundo o governo paraguaio.

“Aqui no Brasil, estamos na dependência da liberação de recursos por parte do Governo Federal para fazer as obras avançarem. Nossa bancada em Brasília fez sua lição de casa, para a recuperação de pontos críticos da BR-267 entre Porto Murtinho, Jardim e Guia Lopes da Laguna e da BR-262 entre Corumbá e Miranda conseguimos este ano com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes R$ 20 milhões e para 2020 indicamos uma emenda impositiva de bancada de R$ 28 milhões. Além disso, colocamos outros R$ 139 milhões no Plano Plurianual de 2020 a 2023 do governo para a construção do acesso da BR-267 à ponte sobre o Rio Paraguai”, destaca o deputado federal Vander Loubet.

A construção da ponte sobre o Rio Paraguai para ligar Porto Murtinho e Carmelo Peralta é um sonho antigo da população da região. Após muitos anos de espera, o projeto começa a sair do papel, com investimento previsto de US$ 75 milhões, custeado pela Itaipu Binacional, empresa estatal brasileira e paraguaia.

A Rota Bioceânica deverá reduzir em 17 dias o trajeto de viagem das commodities de Mato Grosso do Sul até o mercado asiático, embarcando nos portos do Chile em vez de usar os portos de Paranaguá (PR) ou de Santos (SP). No Paraguai, já está sendo pavimentado um trecho de 600 quilômetros da rota que corta seu território. Partindo de Campo Grande, a rodovia vai percorrer 2.400 quilômetros até a cidade chilena de Antofagasta.

(Texto: Bruna Marques)

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