Energisa explica motivo das altas nas contas de luz em MS

Deputados estaduais se reuniram ontem (29) com direção da empresa na Assembleia Legislativa

Representantes da Energisa foram ontem (29) à Assembleia Legislativa para explicar aos deputados os motivos do aumento tarifário nas contas de energia elétrica no último mês. O assunto foi discutido na Casa de Leis na semana passada e é tema de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), proposta por Capitão Contar (PSL) e de requerimento de informações, a pedido de Coronel David (PSL).

De acordo com Marcelo Vinhaes, diretor da empresa, o aumento nas contas de luz é decorrente de uma alteração nas temperaturas e baixos níveis nas hidrelétricas brasileiras. Ele também destacou que a instalação de relógios digitais é benéfica à população, sendo o equipamento confiável por ser inviolável pela empresa e por outros. “O medidor eletrônico não permite abertura, é um equipamento selado, então nenhuma concessionária do País consegue abrir o medidor de energia eletrônico”.

“O que tem encarecido muito a conta do brasileiro é o custo da geração de energia. O nosso País tem reservatórios que suportam todo o ano, mas eles não têm sobras de energia. Esse é nosso primeiro desafio. Em um olhar mais para MS, o que a gente teve recente em setembro foi uma grande variação de consumo em virtude das altas temperaturas”, declarou.

O deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa (PSDB), admitiu o grande número de reclamações da população sobre o tema e afirmou que o procedimento adotado pelo órgão é de ouvir todos os lados envolvidos antes de instaurar um inquérito. De acordo com ele, primeiramente está sendo ouvida a empresa e, em seguida, haverá uma reunião entre os deputados para debater o assunto. “Aqui nós estamos fazendo o que? Estamos sendo prudentes, para ouvir tudo que foi falado. A decisão é dos deputados”, reiterou.

Os deputados continuaram alertando sobre a necessidade de haver uma investigação mais profunda a respeito dos problemas com a Energisa e estabelecer um fato determinante concreto no documento da CPI. Renato Câmara (MDB), lembrou o último inquérito criado pela Casa, o qual não teve sucesso.”Tem que ter o fato concreto, se não, acaba em pizza de novo”, afirmou.

(Texto: Julia Renó)

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