Renda de 1% dos ricos é 23 vezes maior dos mais pobres

Em Mato Grosso do Sul 1% da renda de trabalho da população mais rica é 23,6 vezes maior que os 50% mais pobres. O rendimento médio de todas as fontes do Estado teve crescimento de 13% e é o Estado que tem maior ganho desde 2012. Os itens que tiveram o maior valor médio no Centro-Oeste foi a aposentadoria e pensão, com R$ 2.191,00. Com isso, o Estado tem o maior rendimento médio de todas as fontes em seis anos, de acordo com as informações da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), realizada em 2018 pelo IBGE (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística).

A pesquisa mostrou que a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 264,9 bilhões em 2017, cresceu para R$ 277,7 bilhões em 2018. Os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,8% da massa, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 43,1%. No Brasil, de 2012 a 2014, o rendimento médio real de todas as fontes teve crescimento de cerca de 5,1%. Em 2015, a estimativa sofreu queda de 3,1% e passou a ser de R$ 2.110,00. Em 2016 e 2017, o comportamento foi de relativa estabilidade e em 2018 registrou crescimento de 2,8%, com valor de R$ 2.166,00.

Em relação a 2012, quando a estimativa era de R$ 2.133,00, o rendimento de todos trabalhos de 2018 representou crescimento real de 4,7%. Entre as Grandes Regiões, o Nordeste (R$ 1.497,00) e Norte (R$ 1.735,00) registraram os menores valores para o rendimento habitual do trabalho, enquanto os maiores ficaram com Sudeste (R$ 2.572,00), Centro-Oeste (R$ 2.480,00) e Sul (R$ 2.428,00). Em relação a 2017, o Nordeste apresentou variação de -1,3%, enquanto que as demais regiões tiveram crescimento, com destaque para Norte (5,6%) e Sudeste (3,8%). Na comparação com 2012, Norte e Centro-Oeste não apresentaram crescimento da estimativa; enquanto Nordeste (5,0%) e Sudeste (6,1%) tiveram aumento acima na média nacional (4,7%). Em Mato Grosso do Sul, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos aumentou em 2018 (R$ 2.239,00), o maior valor da série se comparado a 2012 (R$ 2.107,00), uma variação de 6,2%. No Estado, 62,7% da população tem rendimentos. Um aumento de 0,8% em relação a 2017 e de 1,1% em relação a 2012.

A PNAD Contínua investiga regularmente informações sobre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos e outras fontes das pessoas residentes no Brasil.

(Texto: Bruna Marques)

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