Deborah Secco fala sobre apuros ao fazer Bruna Surfistinha

Na última quarta-feira (16), a atriz Deborah Secco participou do talk show “Que História É Essa, Porchat?, do canal GNT. Durante entrevista no programa de Fábio Porchat, a atriz comentou algumas situações que passou enquanto interpretava a protagonista do filme Bruna Surfistinha, lançado em 2011.

Deborah Secco relembrou que para desenvolver melhor os personagens, tanto ela, quanto outras pessoas do elenco tiveram de vivenciar o enredo em locações fictícias, sem câmeras, para absorver a emoção da história. “Fomos para lá eu e os atores que faziam meu pai, mãe e irmão. Convivemos dias de família. Ia para a casa, tomava café, banho”, recorda.

Em uma das ocasiões, na cidade de São Paulo, Deborah Secco foi agredida por uma comerciante. “As pessoas não me reconheciam. Era impressionante. Eu estava muito de vagabunda, sombra azul, quase nua [nas ruas da cidade]”, conta.

Em um dia de gravação, a artista foi até uma farmácia, no papel de Bruna Surfistinha (cujo nome original é Raquel), para comprar camisinhas. Ela estava na casa da cafetina (interpretada por Drica Moraes) e foi acompanhada da colega de ofício Larissa, personagem encenada por Cristiana Lago.

“Pegamos dinheiro, botei minha roupa de prostituta e fomos. Aí escutei um ‘Raquel, Raquel’. Quando virei, era o [ator] Sérgio Guizé, que fazia o papel de irmão da Bruna”, relembra.

“Ele falou: ‘descobri, sua vagabunda. Você virou puta’. E correu atrás de mim. Não sei o que deu em mim na hora que comecei a chorar e corri por São Paulo perdidamente. Estava de chinelo, joguei o chinelo fora. Entrei num boteco chorando com a Cris [também em prantos], e a mulher do bar [que não era atriz] escondeu a gente atrás de uma parede falsa, onde tinha máquinas de caça níquel”, completa.

A partir daí, Deborah Secco e Cristina Lago, com as personagens incorporadas, foram alvo de tapas da senhora que as acolheu. Sem as atrizes contarem a verdade, a comerciante queria chamar a polícia e os pais das duas para conter a situação de violência. Sem entender que a perseguição de Guizé não passava de uma cena de filme. “Vocês são pu**. Umas meninas tão bonitas…”, afirmou a comerciante em tom de bronca.

Quando as duas saíram do bar e encontraram Guizé, que ainda estava no papel, voltou para a cena e foi na direção das duas, chamando-as de ‘vagabundas’. “Quando ele veio, uns trinta [que não eram artistas] apareceram para bater nele: ‘larga ela, larga ela’. E a gente falando que era um filme”, relata.

(Texto: Julisandy Ferreira com informações do Terra)

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