Desigualdades afetam diagnóstico precoce do câncer de mama

A prevenção do câncer de mama com o diagnóstico precoce esbarra em desigualdades regionais e de escolaridades no Brasil, conforme a última Pesquisa Nacional de Saúde sobre o tema.

“Em cada região precisamos dar uma atenção diferenciada a questões como grau de informação, qual é a possibilidade de acessar os exames preventivos e o tratamento. Temos que olhar de forma desigual para uma situação de desigualdade”, explicou Liz Almeida, chefe da Divisão de Pesquisa Populacional, do Instituto Nacional do Câncer (Inca)

Uma pesquisa realizada em 2013, mostra que, entre as brasileiras de 50 a 69 anos, passa de 80% o percentual das que fizeram mamografia nos últimos dois anos, se forem levadas em conta apenas as que têm nível superior. Entre as mulheres sem instrução ou com nível fundamental incompleto, esse percentual cai para cerca de 50%, e chega a menos de 30% na Região Norte.

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia de rotina, uma vez a cada dois anos. Dois terços dos casos são diagnosticados em mulheres com mais de 50 anos, e um terço em mulheres mais jovens, que também devem ficar atentas a qualquer alteração em seus corpos.

O câncer de mama em homens representa 1% dos casos, mas eles costumam ser mais agressivos. Segundo o Inca, em 2017, a doença matou 16,7 mil mulheres e 203 homens no Brasil. Em 2019, a estimativa do instituto é que 600 novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados em homens.

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações de Agência Brasil)

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