Gastos e outros problemas cancelam projeto polêmico

Devido aos gastos previstos e outros problemas, como a distribuição dos 117 apartamentos e dúvidas de como o regime seriam utilizados, o projeto polêmico de transformar o Hotel Campo Grande em moradia popular não foi como o idealizado pela prefeitura e foi cancelado.

Sobre a questão financeira, o projeto prevê R$ 13 milhões para desapropriação e R$ 23 milhões para reforma, ao todo, seriam investidos R$ 36 milhões.

“Você vai gastar R$300 mil para construir um apartamento de 30 metros quadrado? Quando na verdade não deixaram que fosse esclarecido tudo isso. Você pega um prédio que está abandonado há 18 anos e adequá-lo de 84 apartamentos para 117, obviamente que haverá um gasto, a parte elétrica, a hidráulica deverão ser adequadas, quando se falar em uso espaço para as crianças, tem que ser instalado um playground, tem que ter um espaço de uso comum, um espaço para múltiplo uso para lavar roupas, adequação da parte térrea, onde tínhamos pensado em levar a Central de Atendimento ao Cidadão e no piso superior a base da Guarda Civil Metropolitana. Então o custo disso não está por apartamento, está no contexto como um todo e isso que se foi jogado de tal maneira que criou-se uma imagem negativa, criando um aspecto de conotação de corrupção”. Alega Eneas.

De acordo com o diretor-presidente da Emha, Eneas José de Carvalho Netto, “A questão da utilização dos cômodos, iriamos levar para discutir com o público, qual seria o regime escolhido, entre as opções estava o regime de locação, uma moradia transitória, poderia ser destinado somente para idosos, poderia ser um transferência de propriedade mesmo, as pessoas poderiam ter acesso a compra, aquisição do apartamento. Outro regime também seria parecido com uma sistemática de arrendamento, se a pessoa ficar no apartamento por 5, 7, 10 anos que fosse, ela poderia transferir a propriedade desse imóvel para ela, ou seja, seria em definitivo dela. O que eu falo para o prefeito Marquinhos é que quando falamos em locação social, é porque a tendencia de habitação social a nível nacional é ir nessa linha”, explica Eneas. (João Fernandes com Rafaela Alves)

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