Brasil registra queda de mortes violentas em 10,2%

Roraima é o estado mais violento, enquanto São Paulo apresenta a menor taxa de homicídios

Em um ano que registrou 57.341 mortes violentas, o Brasil registrou queda desse tipo de crime, em comparação a 2017, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em seu anuário de 2019, publicado nesta terça-feira (10).  O número, no entanto, é um dos mais altos do planeta, mas a redução dessa estatística tem sido atingida graças a realidades como a de Mato Grosso do Sul, onde o enfrentamento do problema permite um percentual ainda acima da média nacional: 15,% a menos no paralelo entre os dois períodos.

O país registrou 57.341 mortes violentas em 2018. São quase 157 assassinatos por dia, ou seis por hora. É o que mostra o anuário da violência divulgado nesta terça-feira 10 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O número é alto e coloca o país no ranking dos mais violentos do mundo, mas também representa uma queda de 10,2% em relação a 2017, que bateu o recorde da série histórica com 63.880 mortes computadas.

O Anuário contabiliza como mortes violentas a quantidade de homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguida de morte, assassinatos de policiais e mortes decorrentes de intervenções policiais. O estudo compila os números oficiais das Secretarias de Segurança Pública dos 27 estados brasileiros.

O estado mais violento é Roraima, com uma taxa de 66,6 mortes violentas a cada 100.000 habitantes; seguido por Amapá, com 57,9, e Rio Grande do Norte, com 55,4. Para se ter uma ideia, a média nacional ficou em 27,5. Já entre os estados com a menor taxa de assassinatos figuram São Paulo, com 9,5; Santa Catarina, 13,3; e Minas Gerais, 15,4.

Especialistas da área de segurança pública explicam que a queda no número de homicídios ocorre em boa parte devido a um arrefecimento na guerra pelo controle do tráfico de drogas entre facções criminosas, que se deflagrou em 2016 e chegou ao auge em 2017.

O perfil das vítimas de policiais repete o mesmo padrão dos últimos anos – a maioria é negra (75,4%), só estudou até o ensino fundamental (81,5%), são homens (99,3%) e tem entre 20 e 24 anos (33,6%). (Danilo Galvão com informações da Veja)

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