ONU julga trágico caso de indígenas venezuelanos no Brasil

Em visita ao Brasil, Filippo Grandi, alto comissário da ONU para os Refugiados, traçou um panorama trágico no que diz respeito as oportunidades de integração e inserção econômica dos mais de 1.500 indígenas venezuelanos – de diversas etnias – que migraram para a terra tupiniquim em decorrência da crise econômica ferrenha no país governado por Nicolás Maduro.

Na contramão das expectativas dos refugiados, desafios como a língua portuguesa e a falta de capacitação contribuem na vulnerabilidade destes que acabam por ter como alternativa a venda de artesanatos na rua, ou mesmo a mendicância.

Esse desafios acabam por distanciá-los da proposta de preencherem vagas de trabalho em diversas cidades do interior do Brasil como promete a Operação Acolhida – projeto de interiorização de imigrantes criada pelo governo e administrada pelos militares.

No mês de agosto, Grandi visitou os estados de Roraima e Amazonas, estes responsáveis por abrigar a maior porcentagem de migrantes venezuelanos, onde os indígenas vivem em abrigos próximo a fronteira.

Em entrevista pelo telefone à AFP, o diplomta diz ter apelado ao governo brasileiro para que o caso, em bora complexo, seja enxergado com muito cuidado e talvez propiciando oportunidades para os imigrantes. “Eu acho que devem acontecer alguns esforços para garantir que eles tenham acesso a serviços públicos, que as crianças possam frequentar a escola, e os adultos tenham trabalho”, completou Grandi. (Texto: Jean Celso)

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