Aliança na Capital definida, PSDB e PSD já pensam no vice

Com a aliança eleitoral PSDB-PSD praticamente definida, unindo os dois partidos em torno da reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD), os bastidores dos dois partidos começam a se movimentar de olho na escolha do candidato (ou candidata) a vice-prefeito. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito já deixaram claro que só querem tratar deste assunto no ano que vem, mas isso não está impedindo que os interessados, num partido e noutro, se movimentem.

Recentemente setores do PSDB ensaiaram uma reação à aliança, mobilizando membros do diretório municipal em favor de uma candidatura própria. Não prosperou em função da falta de apoio de outras lideranças, como deputados estaduais e vereadores do partido que preferiram respaldar a posição do govenador, favorável ao entendimento com os aliados.

Além disso, os nomes que foram apontados pelos dirigentes como potenciais candidatos a prefeito são, na verdade, candidatos a vice, numa composição em que assegure aos tucanos essa vaga na chapa majoritária. O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), os vereadores João César Mattogrosso (PSDB) (FOTO) e João Rocha (PSDB) (FOTO), presidente da Câmara, e o secretário especial Carlos Alberto de Assis passaram a compor uma lista que incluiu ainda a deputada federal Rose Modesto (PSDB-MS). Com exceção de Rose, todos os demais admitem informalmente aceitar uma eventual indicação de vice e, de alguma forma, já se movimentam nos bastidores.

O mais evidente é Carlos Alberto de Assi, que desde o início do ano vem se apresentando em algumas conversas no partido como candidato a vice e, como secretário de Articulação para Assuntos da Capital, acompanha mais de perto todo o trabalho e tem procurado manter-se o mais próximo possível do prefeito Marquinhos. O deputado Beto Pereira admite, como é parlamentar federal, acumular um mandato com um cargo de vice, embora não seja ilegal, mas termina perdendo força diante de outros eventuais concorrentes. Os vereadores João César Mattogrosso e João Rocha, nesse aspecto, teriam inclusive mais chances, considerando o apoio que passariam a ter, num debate sobre essa indicação, dos vereadores do partido e das legendas aliadas. Um vice da Câmara abre vaga para os candidatos à reeleição, além de possibilitar, no caso dos dois vereadores, uma composição. A eventual indicação de João Rocha para vice, por exemplo, poderia contemplar João César na presidência da Câmara, caso os acordos caminhem nessa direção.

A última palavra

Como nem Marquinhos nem Reinaldo tratam deste assunto agora, esses nomes e alterantivas ficam no campo da especulação. Aos dois caberá a última palavra, e somente depois que todo o perfil da aliança eleitoral estiver definido. Num primeiro momento, no PSD, a preferência é pela manutenção da atual vice, Adriane Lopes (Patriotas). O prefeito Marquinhos, por exemplo, nunca sinalizou uma mudança nessa composição, em que pese o interesse do PSDB no cargo. Como as negociações só acontecem no ano que vem, a escolha do vice segue movimentando apenas o cenário interno dos partidos que preparam a coligação para 2020. (Guilherme Filho)

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